quarta-feira, abril 29, 2009

A PAZ COMO REVOLUÇÃO

Esses dias parei pra ficar analisando o mundo das mulheres que me rodeiam. Pensei naquele filme com a Lindsay Lohan, o "Garotas Malvadas". Realmente, funciona daquela forma - e olha que o filme é para satisfazer adolescentes...
As garotas se denominam vadias e acham que devem xingar as que elas não gostam disto também. Aliás, o que torna uma garota de programa melhor do que essas meninas que se xingam loucamente? Fácil, elas fazem por necessidade e pessoas assim fazem pelo quê?
Julgam atitudes promíscuas que elas também fazem,se consideram superior por serem adorada por homens sedentos por uma vagina quente e molhada - não importando, é claro por quais vaginas e pênis passaram aqueles órgãos sexuais.

A vida realmente tornou-se vazia, ninguém mais quer mudar o mundo...Todos estão realmente preocupados em satisfazer (e calar) sua fome interna por um pouco de atenção e admiração...Mas o que realmente fizeram para receber isso? Sexo? Se for isso, todos fazem a muito tempo antes de nascermos, guess what? Seus pais fizeram e seus avós também. Drogas, baladas? Suas abominantes destruições e falta de bom senso não te torna superior, nem ao menos inteligente, pois você pratica algo sem ter noção do que é (ou ao menos uma razão).

Ao ler a reportagem da Márcia Tiburi, ela fala que não há tempo para a filosofia nos nossos dias atuais pois ninguém pára para analisar a sua própria existência (e, acredito que se alguém descrito aí em cima o fizer, o suicídio parecerá uma saída confortante).

Não me causa asco tudo isso, apenas tristeza. Garanto que o potencial dessas pessoas seria bem mais explorado. Só por um dia gostaria que as pessoas quebrassem seus espelhos e enxergasse a verdadeira beleza do mundo, aquilo que todos os dias nasce e morre com um esforço supremo e infelizmente é ignorado pelo ato de existir.

Viver é uma dádiva para poucos.
Todo esse desabafo me lembra Platão e sua teoria da caverna. Gostaria de ver tantos quebrando os grilhões e não crucificando aqueles que realmente tentam enxergar a luz...
Enquanto isso, continuamos a financiar o tráfico, proliferar doenças venérias e contribuir para o acumulo da violência social. Nossas guerras pessoas tornaram nosso útero-mãe uma claustrofóbica orgia de destruição.

Só por hoje, vou evitar odiar as pessoas e tentar me tornar alguém melhor. Espiritualmente melhor. Pois, atos impensados nunca solucionarão nada... Afinal, o que torna a vida insustentável são os frutos de nosso passado desnorteante e escolhas infundadas...

Só por hoje, praticarei a paz. (Post editado)

terça-feira, março 17, 2009

Ao sol que um dia se foi

Desde que voltaste a minha vida, tens sido a inspiração para todos os poemas frustrados que tenho escrito. Várias cartas foram feitas e rasgadas logo em seguida. Não sei dizer ao certo quando comecei a te amar verdadeiramente, mas toda a minha tentativa de repreensão foi inútil, pois hoje sinto o quanto você faz parte da minha essência. Quando criança, tive um sonho que na época me assustou muito, mas que hoje faz todo o sentido. Sonhei amar incondicionalmente um menino feito de ouro. Ele me amava também mas mantinha-se distante dos meus abraços e beijos. Senti que experimentei o amor pela primeira vez na vida e desde então nunca algo foi tão intenso (até você aparecer). Quando acordei, chorei de medo por pensar que um dia eu amaria alguém tão estranho e que sentia repulsa por seres humanos. Jurei nunca amar ninguém daquela forma e evitar todos os meninos-dourados que encontrar. Foi meu primeiro sonho profético, nunca imaginaria isso até então. Anos depois, desesperada e sob efeito de narcóticos legalizados, recebo a foto de alguém que escondia o rosto entre fios dourados. Alguém que evitava rir e impunha medo nos outros apenas com gestos das mãos, como imperadores faziam em tempos remotos. Fazia questão de afastar qualquer contato e algo isso era magnético, como negativos e positivos. Me sentia uma borboleta atraída pela luz, e acho que era por isso que ele me evitava tão fervorosamente...Por anos, desejei não ter te conhecido e evitava tudo que me lembrava. A lista era extensa e continha coisas absurdas como bandas, comidas, filmes, desenhos – e principalmente – o maravilhoso amanhecer. Então percebi, como em um surto, que não adiantava o meu esforço, tudo que nele eu gostava e não gostava fazia parte de mim também (e eu não poderia me odiar por tanto tempo). Não pude mais negar, ele morava dentro do meu corpo, da minha alma. Com conhecidos, implorava que eles falassem algo dele, mesmo que mal e eu ouvia extasiada em saber o quanto ele conseguia viver sem pensar em mim (e muitas vezes, roxa de ciúmes). Deixava-me levar em pensamentos que envolviam frio, chuva, árvores, neblina e o sol com todo seu esplendor. Hoje, estou em uma cadeira acolchoada azulada enfurecida com o maldito telefone, querendo puni-lo por todo o tempo que não estavas ao meu lado...Deixo até o telefone no silencioso para não atender quando ligares mas de segundo e segundo olho para ele esperando ouvir o “Oi, Wanda” tão nostálgico.

E agora, o seu presente é o meu presente e o teu futuro será só meu.