sábado, maio 24, 2008

Coffebreak

Odeio manhãs.
O aborto matinal me faz ter ânsias de vômito mesclando com aquele sabor amargo de ter que cumprir o dever. A espera interminável pelo ônibus, os olhos amassados pela cama escondidos pelos óculos escuros. As pessoas ao meu lado estão tão dispostas quanto eu, nenhum sorriso ou burburinhos, só o som meloso de bocejos preguiçosos. O clima chuvoso ajuda na depressão matinal e todos pensam exatamente a mesma coisa "adoro dormir com chuva...".Dentro do ônibus, a vida passa ligeira indiferente ao meu estado letárgico. O que vejo pela suja janela são mais centenas de pessoas, que como eu, imaginando uma forma melhor de aproveitar o tempo, mas que por enquanto, devem manter o silêncio. Quando há uma comunicação, é quase sempre não-verbal. O contato físico é algo inevitável com o balançar do transporte e a "boa vontade" de trabalhar do motorista.Aquela nova pele friccionada a minha é quase um estupro no calor do meu corpo...Sentir aquele macio me proporciona asco.
Ao descer, meus pés me levam a um caminho a qual não quero seguir, porém devo (eles sempre sabem aonde ir, nós que não sabemos comandá-los).Pingos caem dos céus como pequenos milhares de tormentos e o vento suspirando ao meu ouvindo, incitando o meu desejo ardente pelo meu travesseiro.Os deveres são sempre maiores que as vontades, e o que realmente queremos (mesmo que momentaneamente) são substituídos por penosos afazeres.Um dia, tudo isso valerá a pena... Assim espero eu.

quinta-feira, maio 22, 2008

Nome do blog.

Muitos me perguntam e ficam espantados com esse nome...
Gente, vocês já pararam pra pensar que não tiveram orgasmos só durante o sexo?
Prazeres são rotineiros na nossa vida, e é sobre isso que se trata o nome do meu blog...
Prazeres solitários...Orgasmos solitários.
Claro que esse nome também se enquadra no modo "sexual" da coisa, mas não se limita.
Tentem entender, eu sei que conseguem lembrar do que fazem quando pensam que ninguém vê.
Só nesses momentos podemos ser quem realmente somos, humanos...Com toda a dualidade.
Podemos ser policatemente incorretos pois não há ninguém que possa condenar. Não há olhares de reprovação e podemos ser o verdadeiro.
É sobre tudo isso que se trata esse blog...
O verdadeiro.