quinta-feira, outubro 04, 2007

No mais profundo silêncio dentro de seu corpo transparente
Perco na medida dos minutos a minha lucidez
No vazio que se mistura a troca de canais da tv e os meus pensamentos
Nos lençóis amassados com a desesperada tentativa de acolher
Com sussurros da solidão vagando pelo quarto
A cerveja pela metade as lágrimas por cair
Vejo o que fiz do meu presente
Risos na rua, pessoas felizes
Sociavéis e felizes...E eu, mais um ser recluso, que tem medo do mundo
Do mundo das pessoas
O mundo de pessoas grandes
O mundo das saudades...
O mundo dos gritos sufocados
Dos gemidos baixosdos choros contidos
O mundo dos controles remotos
Das páginas pornográficas e de vários num só
De espécies e várias espécies
Que se deixam afetar,e afetam
O mundo das lágrimas
Do salgado mar das lágrimas
O mar...O mar das lágrimas
A vida dos que ignoram a existência das outras vidas
A vida que implora pela atenção da vida
As paixões que se vão
As poesias noturnas
O calor do dia sofrido
O suor do rosto que se mistura com o sangue d'lma
Os olhos que expressam tudo
E que hoje não expressam mais nada...
Os olhos que antes magnéticos
Hoje cinzas e umidos
Os olhos da humanidade
Cegos como a vida que se vai
O mundo da maturidade
E das responsabilidades habituais...
Um só, só um, que nunca mais vai parar de chorar.

Hoje não estou bem.

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