segunda-feira, abril 21, 2008


Vazio.

O vazio que volta, o vazio que na verdade sempre esteve...

Aqueles anseios por algo que nunca ocorre, aquela vontade de chorar por algo que não existe.

Sinto falta de uma vida que não sei se tive

Sinto falta de alguém que não sei se conheci ou conhecerei

Sozinha...

Sozinha sempre estive, mesmo quando mil palavras você falava

Ou quando você me beijava ardentemente achando que era recíproco

Eu sentia um vento gélido que soprava de dentro dos teus lábios

Sentia o enorme abismo que crescia entre nós

Há um conforto sombrio em pensar que nunca mais terei que mentir

Nossas línguas eram diferentes, nossos mundos

Eu entendia perfeitamente o significado de cada palavra mas não entendia o sentido

Eu entendia o que você sentia mas você nunca entendeu o que se passava na minha mente

Era tudo tão diferente, tão divertido e no final

Virou uma grande aberração, gorda e espaçosa

Mas eu te agradeço, você me fez ter sentimentos que a anos não os tinha

O gostar de estar só, eu perdi novamente aquele medo

Pois apesar de tudo, a última coisa que sentirei é isso

Na minha mente ficarão os momentos felizes, eu gosto de pensar em você assim

Como um cadáver que foi enterrado vivo

Morto, estando vivo...


Me perdoe, eu realmente preciso do teu perdão antes de morrer

Pois mentir dessa forma pra alguém como eu menti

É um dos maiores erros que alguém possa cometer...

Quem sabe um dia, eu também possoa te perdoar.
Parece-me uma eternidade...

Um comentário:

Anônimo disse...

"ser é perceber e ser percebido"